O Uso do Colírio de Ripasudil na Descompensação Endotelial – Uma Série de Casos
A Distrofia Endotelial de Fuchs (DEF) é uma doença do endotélio corneano que possui caráter hereditário,bilateral e progressivo, evoluindo com edema corneano. Com isso ocorre baixa visual progressiva e ofuscamento em casos avançados.
O endotélio da córnea tem pouca capacidade de regeneração. Entretanto, a partir de estudos do Prof. Shigeru Kinoshita do Japão, abrimos um novo horizonte no tratamento das doenças endoteliais a partir de medicamentos para estimular a regeneração endotelial. Destacam-se os inibidores da enzima Rhokinase (ROCK), como oHidrato de Cloridrato de Ripasudil.
Iniciamos a prescrição deste medicamento para uso tópico (em forma de colírio) com índices de sucesso promissores. O estudo observacional retrospectivo foi publicado em conjunto com o colega de Portugal que fez estágio no Instituto de Olhos Renato Ambrósio, Dr. Pedro Manuel Baptista (@pedrombaptista4) na revista ACTA SCIENTIFIC OPHTHALMOLOGY (ISSN: 2582-3191) em janeiro de 2021.
Este estudo foi baseado em registros clínicos de pacientes tratados com hidrato de cloridrato de Ripasudil três vezes ao dia para diferentes condições de disfunção endotelial da córnea.
Foram analisados cinco pacientes, quatro mulheres e um homem, com idade média de 74,2 ± 12,4 anos. Dois casos de distrofia corneana endotelial de Fuchs (FECD), dois de ceratopatia bolhosa pseudofácica (PBK) e um de descompensação de enxerto de ceratoplastia penetrante (PKGD) foram incluídos. A duração do tratamento até os resultados varia de 1 a 6 meses (média de 3,4 meses). Uma boa resposta foi observada em ambos os casos de FECD e PBK.
O inibidor de ROCK Ripasudil cloridrato hidratado é potencialmente eficaz no tratamento de diferentes formas de descompensação endotelial da córnea. O trabalho realizado mostra a eficácia e segurança a curto prazo do Ripasudil tópico no tratamento da descompensação endotelial derivada de FECD e PBK. São necessários mais estudos com amostras grandes e seguimento mais longo, mas os testes têm ajudado na medicina. Entretanto, esta abordagem já deve ser considerada o que requer uma avaliação de um médico oftalmol